Salário-Maternidade: Seu Direito e do Seu Bebê Como Não Perdê-lo para a Burocracia

Olá! Eu sou a Juliana Hamad, advogada previdenciária aqui em João Pessoa desde 2019 (OAB/PB 31.828B). Antes de falar sobre leis, quero falar sobre vidas. Histórias reais. Porque, no fim das contas, o salário-maternidade não é só um benefício do INSS — ele é sobre proteção, tranquilidade e dignidade num dos momentos mais transformadores da vida de uma mulher.

A História da Carla, do Bairro dos Bancários

Outro dia, atendi a Carla, vendedora autônoma, grávida de oito meses. Sempre pagou o carnê do INSS, mês a mês, até que, por um período, precisou parar de contribuir. Quando deu entrada no salário-maternidade, recebeu um “negado” com a justificativa: falta de qualidade de segurada.

 

Ela chegou ao meu escritório preocupada — não apenas pelo dinheiro, mas pelo medo de ter que voltar a trabalhar antes de se recuperar do parto. Revisamos seu histórico, provamos que ainda estava no período de graça e, com base na nova regra de 2025, mostramos que o afastamento não apagava anos de contribuição. O resultado? Benefício aprovado, valores atrasados pagos e um suspiro de alívio para esperar o bebê com tranquilidade.

 

Infelizmente, Carla não é caso isolado. Muitas mães em João Pessoa — de Mangabeira ao Bessa, dos Bancários ao Geisel — ainda enfrentam negativas injustas, mesmo com direitos claros.

O Que é o Salário-Maternidade e Quem Tem Direito

O salário-maternidade é um benefício pago pelo INSS para garantir renda durante o afastamento por:

  • Parto (inclusive natimorto);
  • Adoção ou guarda judicial para fins de adoção;
  • Aborto espontâneo ou aborto legal.

E aqui vai um ponto importante: desde 2025, com a IN INSS nº 188/25, o acesso ficou mais fácil.

 

Antes de 2025

  • MEIs, autônomas e contribuintes facultativas precisavam de 10 contribuições antes do evento.

 

Agora

  • Basta 1 contribuição válida antes do parto, adoção ou aborto legal.

Isso abriu a porta para milhares de mulheres que atuam na informalidade ou contribuíram por pouco tempo, mas estavam desamparadas pela regra antiga.

Documentos Necessários

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Como Solicitar no Meu INSS

  1. Acesse meu.inss.gov.br

  2. Faça login com CPF e senha

  3. Clique em “Agendamentos/Solicitações”

  4. Digite “Salário-Maternidade” e selecione a opção

  5. Preencha o formulário, anexe documentos e envie

  6. Acompanhe pelo site, app ou telefone 135

Prazo: até 5 anos após o evento (mas quanto antes, melhor).

 

E Se o Pedido For Negado?

 

Muita gente acha que negativa é sentença final, mas não é. Você pode:

  • Apresentar recurso administrativo (prazo de 30 dias)
  • Entrar com ação judicial — onde um juiz reanalisa do zero e pode reverter rapidamente

 

E aqui entra um detalhe essencial:


Se o seu pedido foi negado entre abril/2024 e julho/2025 por falta de carência, você pode pedir revisão com base na nova regra. Esse direito vale tanto na via administrativa quanto judicial.

 

Erros Comuns que Levam à Negativa

 

  • Cadastro desatualizado no CNIS
  • Documentos ilegíveis
  • Código de pagamento errado (para autônomas)
  • Falta de prova de atividade (no caso de segurada especial)

 

Quando Vale Procurar um Advogado Previdenciário

 

O pedido pode ser feito sozinha, mas o apoio jurídico é fundamental quando:

  • Há negativa por “falta de qualidade de segurada” ou “carência”
  • O sistema apresenta erro ou não reconhece contribuições
  • O caso envolve adoção por casal homoafetivo, pais solos ou situações atípicas
  • Você quer pedir revisão de benefício negado com base na nova regra

 

Um advogado previdenciário especializado aqui em João Pessoa conhece os atalhos e as provas necessárias para não deixar seu direito se perder na burocracia.

Conclusão

O salário-maternidade é mais que um benefício: é um alicerce para que a mãe e o bebê possam viver os primeiros meses juntos com segurança e dignidade. As mudanças de 2025 eliminaram barreiras históricas, mas a burocracia ainda derruba muitos pedidos.

 

Se você teve filho, adotou ou passou por aborto legal nos últimos 5 anos e teve negativa — especialmente por “falta de carência” — CLIQUE AQUI e fale comigo.

Vamos analisar juntos e garantir que seu direito seja respeitado.

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